A invenção da terceira idade: novos estilos de vida e padrões de consumo, com Guita Grin Debert
Como novos períodos da vida são criados? Quais são as formas propostas para bem viver o envelhecimento? O que a antropologia pode nos dizer sobre a invenção de novos atores sociais e de novos e estilos de vida e do consumo de bens e de serviços? Com a apresentação de diferentes contextos etnográficos e experiências de envelhecimento os seguintes temas serão abordados: A antropologia e a Construção Histórica e Social das Etapas da Vida; Diversidade Cultural e os Universais da Velhice; Modernidade, Idade e Geração; Os Programas para a Terceira Idade e as Associações de Aposentados: mulheres e homens redefinindo a vida adulta; O Idoso na Mídia: mercado de consumo e estilos de vida; A Medicina Geriátrica e as Novas Concepções sobre o Corpo, a Saúde e a Beleza; Vida Sexual e Felicidade na Terceira Idade.
Guita Grin Debert é professora Titular do Departamento de Antropologia da UNICAMP, pesquisadora do CNPq, da FAPESP e do PAGU – Núcleo de Estudos de Gênero da UNICAMP. É autora do livro “A Reinvenção da Velhice” e de vários artigos e coletâneas sobre temas relacionados com a vida adulta, envelhecimento e gênero. Proferiu palestras e ministrou cursos em universidades estrangeiras entre elas Columbia University (EUA), Ecole Pratique des Hautes Etudes (França), Universidade de Bologna (Itália)
Módulo: A bela velhice
A ideia de uma A bela velhice surge de um diálogo profundo com as ideias de Simone de Beauvoir. A partir de suas reflexões em A velhice, somadas aos achados de pesquisas antropológicas com 1.700 homens e mulheres, a antropóloga Mirian Goldenberg busca pensar a viabilidade de construir uma “bela velhice”.
Mais de 25 anos de pesquisas no Brasil fizeram com que Mirian Goldenberg investisse em encontrar saídas possíveis para experimentar o processo de envelhecimento de forma mais positiva e a desafiaram a reinventar o conceito de “bela velhice”. Mirian convidou duas importantes referências nacionais e internacionais no campo de estudos de envelhecimento – o médico Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade, e a antropóloga e professora titular da UNICAMP, Guita Grin Debert -, para debater o caminho para uma “bela velhice”. A velhice está inscrita em cada um de nós. Só assumindo conscientemente e plenamente, em todas as fases da vida, que nós também somos ou seremos velhos, podemos ajudar a derrubar os medos, os estereótipos e os preconceitos existentes sobre a velhice.
Somos nós os principais interessados em uma transformação radical dessa realidade, seja qual for a nossa idade cronológica. Cada um de nós, mesmos os muito jovens, deveria se reconhecer no velho que é hoje ou no velho que será amanhã: velho não é o outro, velho sou eu. Simone de Beauvoir tem como propósito fundamental denunciar a conspiração do silêncio e revelar como a sociedade trata os velhos: eles são ignorados, desprezados, estigmatizados, abandonados. O propósito de cada um dos programas será outro: revelar o que cada indivíduo pode fazer para experimentar uma “bela velhice”, como ela pode ser construída ao longo da vida ou mesmo tardiamente. Os programas irão provocar um debate sobre os caminhos de uma “bela velhice” para todos os interessados: os velhos de hoje e os velhos de amanhã..
Fonte: Site CPFL Cultura
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