Regina Herzog |
Regina Herzog vai abrir este ciclo do abordando a contemporaneidade em seus vários aspectos, sua diferença em relação a um passado recente e as mudanças que podem ser vislumbradas em um futuro próximo. a finalidade da discussão é mostrar que não existem vilões e vítimas neste cenário, mas estamos diante de uma correlação de forças que impõem outra forma de viver e se expressar.
Módulo: "O Sofrimento Humano nos Tempos Atuais
Nos tempos atuais, assistimos a vastas transformações nos diversos setores da sociedade. transformações políticas, sociais, econômicas e tecnológicas, abrindo diversas possibilidades de intervenção na saúde, o que certamente provoca os mais variados efeitos nos indivíduos. fala-se muito que vivemos tempos de crise que acarretam uma revolução no modo de ser e de se estar no mundo. e o que é uma crise? o termo crise pode ter uma conotação positiva (no sentido de evolução, crescimento) ou negativa (como perda ou regressão); seja como for, crise remete a uma ruptura, uma mudança brusca com referência a um determinado status quo. como encarar este momento, ou melhor, como vivenciamos este momento? qual a razão de tanto sofrer, de tantos dissabores que distinguem o final do século xx e início do presente século com a marca da depressão? costuma-se dizer que esta crise é a responsável pelo profundo mal-estar do ser humano com relação a si próprio ou ao convívio com seus semelhantes.
Nestas quatro palestras vamos discutir como se forma este quadro, analisando as transformações do mundo contemporâneo e sua incidência nas configurações subjetivas e nas relações sociais. os temas abordados vão buscar retratar este cenário a partir das seguintes indagações: como se apresenta hoje o sofrimento humano? seriam as inovações tecnológicas as responsáveis por esse mal-estar? a felicidade se tornou uma obsessão? o avesso da depressão é a competência? os sintomas contemporâneos são novos ou simplesmente uma repetição do que sempre houve? de que forma sentimentos como vergonha e humilhação, que aparecem como inibições e compulsões, permeiam as relações na atualidade?
Regina Herzog – psicanalista, professora associada do programa de pós-graduação em teoria psicanalítica/instituto de psicologia/ufrj, coordenadora do núcleo de estudos em psicanálise e clínica da contemporaneidade (nepecc), pesquisadora de produtividade em pesquisa do cnpq.
Fonte: Site CPFL Cultura
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